Uma modificação realizada em uma BMW, custando R$ 25 mil, resultou na trágica morte por asfixia de quatro jovens em Balneário Camboriú, Santa Catarina, segundo denúncia enviada à Justiça. O motorista Thiago de Lima Ribeiro, de 21 anos, teria contratado uma oficina para aumentar a potência e o barulho do escapamento, mas a alteração apresentou uma falha que liberou monóxido de carbono dentro do veículo. O sócio da oficina e o responsável pelo serviço foram indiciados e se tornaram réus no caso.
De acordo com a investigação, a peça instalada, um “downpipe” sem catalisador, substituiu a original e sofreu uma ruptura, permitindo que o gás tóxico se acumulasse no sistema de ar-condicionado do carro. As vítimas, incluindo um adolescente de 16 anos, começaram a sentir náuseas e tonturas antes de sofrerem paradas cardiorrespiratórias. O incidente ocorreu após o réveillon, enquanto aguardavam a chegada de uma amiga em uma rodoviária.
Apesar de terem buscado orientação do Corpo de Bombeiros, o grupo não chegou a chamar o SAMU a tempo. Por volta das 7h da manhã, os ocupantes foram encontrados sem vida. O caso trouxe à tona a discussão sobre os riscos de modificações não certificadas em veículos e levou à responsabilização dos envolvidos no serviço, agora acusados de homicídio culposo.