Foto: Secom Itajaí/Arquivo
Alunos e professores da rede municipal de Itajaí seguem enfrentando a falta de materiais escolares, mesmo após três meses do início do ano letivo de 2025. A situação afeta diretamente as atividades pedagógicas em sala de aula e tem gerado reclamações por parte de educadores e familiares.
Itajaí conta com mais de 40 mil estudantes distribuídos em 118 unidades de ensino, incluindo escolas de ensino fundamental, Centros de Educação Infantil (CEIs) e Centros de Educação em Tempo Integral (Cedins). Segundo relatos, algumas escolas estão sem itens básicos como folhas e cadernos. Há casos de professores que, diante da escassez, se uniram para comprar materiais por conta própria.
“Estamos em maio e ainda sem o mínimo para trabalhar. As escolas estão sem cadernos e papel. Isso não pode continuar”, afirmou uma professora da rede municipal.
A Secretaria Municipal de Educação confirmou o atraso. De acordo com a pasta, o processo de compra teve início ainda em dezembro de 2024, durante a gestão do então prefeito Volnei Morastoni (MDB). No entanto, a exigência de amostras técnicas para a licitação causou a desclassificação de empresas que não atenderam aos critérios exigidos. Com isso, o processo só foi concluído no início de maio, e os estoques se esgotaram antes da reposição.
Enquanto a licitação era finalizada, a secretaria adquiriu parte dos kits por meio do Consórcio Interfederativo Santa Catarina, respeitando os limites legais. A medida foi adotada para amenizar o impacto nas escolas, mas não foi suficiente para suprir a demanda total.
A previsão é que a entrega de materiais de expediente seja normalizada em junho. Em relação aos kits escolares, o processo de compra já foi concluído, mas ainda depende da de todas as empresas participantes da licitação. Até esta quinta-feira (16/05), nem todas haviam formalizado a adesão.
