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Jorginho se reúne com Kassab em São Paulo e tenta aproximação com o PSD

Jorginho se encontra com Kassab para tentar acordo com o PSD | Foto: Eduardo Valente/SECOMGOVSC 

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), se reuniu com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, na noite de terça-feira (27), em São Paulo, para discutir o cenário político visando as eleições de 2026. O encontro contou também com a presença do ex-deputado federal Paulo Bornhausen (PSD), atual secretário de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos do governo estadual.

A movimentação de Jorginho ocorre como tentativa de construir uma aliança com o PSD, byando as lideranças estaduais da sigla. O objetivo seria articular um nome de consenso ao Senado, caso o atual senador Jorge Seif (PL) perca o mandato no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bornhausen seria um dos cotados, mas negou que esse tema tenha sido abordado no encontro. Segundo ele, a pauta foi centrada no cenário nacional e na manutenção das boas relações entre as legendas.

O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), também foi convidado para o jantar, mas não compareceu por estar em recuperação após uma cirurgia. A ausência de representantes do PSD catarinense no encontro gerou desconforto interno, já que o comando estadual da legenda não foi consultado previamente.

Gilberto Kassab tem reiterado que o PSD terá candidaturas próprias tanto à Presidência da República quanto ao governo de Santa Catarina. O nome mais provável para a disputa estadual é o do prefeito de Chapecó, João Rodrigues. A postura da direção nacional reforça o projeto de fortalecimento da sigla no Legislativo.

Internamente, a possibilidade de o PL abrir mão da candidatura ao Senado em uma eventual eleição suplementar em troca de apoio futuro gera resistência entre lideranças conservadoras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A deputada federal Caroline de Toni (PL) é cotada como pré-candidata ao Senado em 2026, com apoio direto de Bolsonaro.

João não precisaria de apoio

Em uma daquelas projeções que envolveriam uma eventual eleição suplementar ao Senado, o prefeito João Rodrigues (PSD), de Chapecó, não teria problema algum em concorrer ao cargo, sem qualquer apoio de Jorginho Mello.

Homem da direita, conservador, João possui grandes chances de garantir o cargo e ainda concorrer ao governo em 2026, sem precisar renunciar à cadeira em Brasília, mas, para tanto, a decisão do TSE precisaria sair e Raimundo Colombo não ser o beneficiado por uma eventual cassação de Jorge Seif. A partir desta quinta-feira (29), João começa uma série de eventos pelo Sul do Estado, que culminarão com o grande evento do PSD, dia 5 de junho, em Criciúma, o importante na pré-campanha.

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