Foto: Secom GOVSC/Divulgação
Universitários de diversas regiões de Santa Catarina encaminharam uma carta ao governador Jorginho Mello (PL) solicitando mudanças no Programa Universidade Gratuita e maior clareza na divulgação das regras. Até a manhã desta quarta-feira (4), os estudantes não haviam recebido resposta oficial.
Segundo o grupo, o programa tem gerado frustração por exigir o pagamento de matrícula e mensalidades antes da confirmação da bolsa. A prática tem provocado endividamento, abandono dos cursos e insegurança entre os beneficiários.
No documento enviado ao governo, os alunos apontam falhas na comunicação institucional. Eles reivindicam mais transparência quanto aos prazos, critérios de elegibilidade, cotas e condições para o às bolsas de estudo.
Dentre as reclamações e reivindicações estão:
- conceder a prioridade de contemplação a estudantes em vulnerabilidade;
- que as matrículas estejam disponíveis a serem efetivadas apenas após a confirmação oficial da concessão da bolsa;
- que os editais sejam publicados com antecedência mínima de dois meses antes do início de cada semestre.
Em contato com o jornalismo da Rádio Menina, uma das estudantes afirma que em sua turma de 39 estudantes apenas três foram contemplados com o programa, sendo que 23 tiveram seus documentos aceitos e dentro dos critérios de aprovação. O movimento estudantil intitulado como “O Pesadelo da Universidade Gratuita” conta até o momento com cerca de 550 estudantes.
Em entrevista para o Jornal da Menina, o deputado Estadual Napoleão Bernardes (PSD) disse que foi procurado pelo movimento estudantil. Na Assembleia Legislativa, o deputado cobrou resposta para as reivindicações desses alunos.
Questionado sobre uma possível solução para os estudantes não contemplados, o deputado reforçou sua preocupação com a situação e diz estar estudando caminhos para apontamento de alternativas de reparação aos prejudicados, e também melhor transparência do projeto.
Os estudantes ficam agora na espera de uma possível reparação, enquanto o governo efetiva as mudanças anunciadas, e o Tribunal de Contas avalia as denúncias dos alunos sem prazo definido para conclusão.